Reencontro, alento, auxílio, luta...

Antes de tudo um reencontro, um gesto de amizade, de amor e cuidado com aquele que sofre. Uma troca de sorrisos, outras vezes de lágrimas, mas também de conforto providencial. Nas casas aonde chegam as voluntárias são recebidas como um sinal de vida, de esperança. É de fato um retrato da compaixão pelo doente necessitado, não só de um auxílio material, mas de uma palavra amiga, de orientação e companhia.

Um momento de solidariedade, apoio psicológico, além das orientações nutricionais, cuidados com a higiene em geral, e de como realizar corretamente os curativos. Zenaide, que é enfermeira, dispõe, junto às demais voluntárias de muito carinho neste serviço. Elas se encarregam de providenciar, junto à Rede Feminina, utensílios como: cadeiras de rodas, bengala, além de medicação e transporte para alguma emergência. Tudo isso mantido por doações.

Jomaria Oliveira do Carmo, 42 anos, acometida de câncer há três contou que a doença, espalhada por várias partes do seu corpo, pode tirá-la as forças físicas, mas não a coragem de dizer sim à vida. Moradora do bairro de Mandacaru e o marido, servente de pedreiro, tem a mãe também acometida da mesma doença. Mas quando se vê entrando em depressão devido a tantas necessidades e a gravidade do seu estado de saúde enxerga, na atitude e presença das voluntárias, conforto e força para ir até o fim.

Segundo Zenaide Carvalho de Andrade, coordenadora desta atividade o termo FPTA (Fora de Possibilidade Terapêutica Atual) usado para estes pacientes que elas visitam está mudando. Acompanhando as pessoas que estão nessas condições há anos, as voluntárias testemunham a garra que os fazem permanecerem firmes, confiantes, lutando pela vida e mostrando a força interior capaz de aplacar a fúria desta dolorosa enfermidade.